domingo, 13 de abril de 2008
Nada do Outro Mundo
Assisti ontem a esta peça, e recomendo vivamente. Já tenho assistido a algumas peças com o Luís Vicente (lembram-se do Átila da série Duarte e Companhia ...) e aprecio bastante o seu trabalho, mas nunca tinha visto o Paulo Matos em teatro, e foi uma agradável surpresa.
Paulo Matos, em jeito de alusão, principalmente à segunda personagem, digo-te que: "Bronco, mais bronco, não há !!! Sabes do que estou a falar...
O espectáculo (dos textos originais “L`Homme sur le parapet du pont” – 1985; e “La Ronde de Sécurité” - 1984), colhe título numa frase recorrente nos dois textos que o constituem, associada a uma lógica de predador – no primeiro caso personificada por um jornalista e no segundo caso por um auto-intitulado agente de Segurança.
O primeiro texto, O Suicida, remete para a relação manhosa e cínica que alguma imprensa cria e mantém com o cidadão, deturpando o facto e rigor jornalístico, valorando o sensacionalismo.
O segundo texto, O Segurança, aborda a prepotência exercida por um suposto agente de autoridade sobre um cidadão incauto.
As deduções e induções de uma inquirição de circunstância na via pública assumem particular relevância crítica, salientada por um registo de absurdo.
São por isso textos do quotidiano: cruéis, irónicos, absurdos.
A encenação é de Paulo Matos, a execução cenográfica de Tó Quintas e as interpretações estão a cargo de Luís Vicente e Paulo Matos.
Próximas oportunidades de apreciar o enorme talento destes dois actores:
Faro, 2 e 3 de Maio às 21h30 e 4 de Maio às 16h
http://www.teatrolethes.pt
A não perder.
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